Todos somos frágeis mesmo que fortes.
Somos bolachas Maria que se desfazem no chá.
Ou bocados de uma janela que em dias de chuva nos abrigam.
Somos frágeis e as nossas fragilidades definem-nos. Uns fugiram cedo demais. Outros reencontraram-se pelo caminho. Há quem nunca o vá saber; é a vida. Ser frágil está-nos no sangue. Há os conscientes e os lutadores. Conformistas. Mas todos são frágeis, cada um à sua maneira.
A fragilidade é uma palavra difícil de escrever e por vezes fácil de dizer. Mostrá-la pode ser o único caminho além do amor e um beco sem saída. Apoderar-se dela pode ser perigoso. Controlá-la ainda mais. Enfim.
A fragilidade de uma pessoa talvez seja o calcanhar de Aquiles que os amantes nunca irão conhecer mas que é o melhor amigo do amor.